terça-feira, 3 de março de 2009

"Hardcore" Afonso Henriques!


Olá bloguistas da net, hoje na edição nº2 de “Pedro e a História”, apresento-vos factos sobre o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques aka D. Afonso I aka “O Conquistador” aka Ibn-Arrik aka El-Bortukali aka “O Mata-Mouros”!


Nasceu em 1109 e morreu em 1185, e eis alguns factos para ficarem a saber mais sobre o fundador-mor de Portugal:

Em 1112, tinha ele 3 anos, morre o Conde de Portucale, seu pai, D. Henrique, logo aí ele deve ter ficado com um trauma qualquer, porque a partir daí, entrou em confronto com a sua mãe, D. Teresa de Leão, como não tinha pai, ficou sob a tutela do Arcebispo de Braga alguns anos depois, digamos que fugiu de casa.

Em 1120 com apenas 11 anos, declara-se opositor à política da mãe, porque esta queria juntar Portucale com a Galiza (graças ao seu amante, D. Fernão Peres de Trava) e formar um reino independente do de Leão.

Em 1122, com 13 anos, é armado cavaleiro em Tui, que fica hoje na Espanha, se fosse hoje, era o típico adoslescente rebelde, que não quer prestar contas aos parentes, e faz o que lhe apetece.

Em 1127, o Rei de Leão e Castela, o primo Afonso VII, invade Guimarães, o amigo do Afonso Henriques, Egas Moniz, diz ao Rei leonês, que vai falar com Afonso para este prestar vassalagem ao primo, Egas fala com ele, e Afonso Henriques manda-lhe dar uma curva, Egas fica lixado, e vai de roupas brancas e corda ao pescoço juntamente com a sua família ter com o rei leonês para lhe matar visto que não cumpriu a promessa, Afonso VII, diz-lhe que não faz nada...enfim teve tomates para se propor a morrer...

Em 1128, Afonso Henriques confronta a mãe e o amante, na batalha de São Mamede, ganha aquilo tudo, mete a mãe na prisão, e começa a negociar com a Santa Sé (que era uma espécie de ONU dos tempos medievais) para formalizar a independência do futuro reino de Portugal...

1139: Batalha de Ourique, combate handicap 5 vs 1!

5 reis mouros contra Afonso Henriques e consegue derrotá-los a todos limpinho, e autoproclama-se rei de Portugal...faz sentido, se um conde derrota 5 reis, ele também queria ser mais que um conde...

1143: Tratado de Zamora, que básicamente foi, isto, o primo Afonso VII de Leão e Castela reconhece a independência de Portugal, e Afonso Henriques deixa de chatear o primo, com as guerras fronteiriças, a partir daí, toca de matar mais uns quantos mouros para o Sul da Península Ibérica...

1147: Assalto à cidade de Santarém (Die-Hard 0.5, com Bruce Willis no papel de Conquistador) fizeram-no sorrateiramente à noite, entraram na cidade de assalto, e mataram os mulçulmanos que lá havia, ficaram com ela, e mais tarde aterrorizaram os mulçulmanos da zona Oeste, o que foi muito fácil...

Mais tarde, ataque à cidade de Lisboa, que fez parece a batalha de Nuremberga do Mundial 2006 de futebol entre Portugal e Holanda, parecer uma brincadeira de bebés... Durou quase 3 meses, e precisámos dos cruzados vindos do Norte da Europa que iam para Jerusalém combater mais uns mulçulmanos noutros lados, para Portugal crescer em tamanho, ficarmos com o controlo da linha do Rio Tejo, e matar mais uns mouros...

1166: já com a ajuda do seu filho, o futuro D. Sancho I, estes começam a tentar conquistar cidades de Leão e Castela, mas o novo rei, D. Fernando, consegue aplacar o guerreiro sem temor, e acalmá-lo um bocado...
1168: Batalha de Badajoz, é onde acaba a carreira militar do maior guerreiro que Portugal alguma vez viu...antes disso, D. Fernando e D. Afonso tinham feito um acordo em que as terras a sul de Portugal e de Leão seriam repartidas (Badajoz ficaria do lado leonês), mas D. Afonso, depois disse que se lixe, e foi para Badajoz para metê-lo no reino de Portugal, D. Fernando passou-se dos carretos e combateu as tropas portuguesas nas ruas da cidade, estas fugiram, e D. Afonso Henriques lesionou-se na coxa, depois de ter ficado cravado com um ferro das portas da cidade...foi preso e bem tratado, depois os 2 reis fizeram um tratado de paz, que dizia para o D. Afonso I para bazar de Badajoz para sempre e ele cumpriu, e voltou-se redefinir as fronteiras entre os 2 reinos.

A partir daí, o filho ficou co-regente do Reino, até à morte do 1º Rei de Portugal em 1185...

Se não tivesse sido ele, provavelmente seríamos todos espanhóis, “hablando” com una pronúncia “muy extraña”...se hoje houvesse homens com mais tomates nas altas esferas do poder, Portugal estava bem melhor governado...

E fica por aqui a edição nº2 de “Pedro e a História”, até à próxima :)

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