sexta-feira, 27 de março de 2009

Batalha de Aljubarrota em 1385 ou a táctica do quadrado



14 de Agosto de 1385 - Uma batalha decisiva para a independência portuguesa, ou uma futura anexação castelhana (digamos que Espanha ainda se chamava Castela) que iria fazer com que a Península Ibérica falasse o castelhano...

Antes da batalha propriamente dita, aconteceu que o rei de Portugal em 1383, D. Fernando I, havia batido com as botas, dando espaço para o que seria a primeira rainha a reinar sobre Portugal, D. Beatriz...até aqui tudo bem, mas o problema é que esta tinha casado com D. João I de Castela, que assim faria com que houvesse uma união política por casamento (ainda se queixam que hoje não há casamentos por amor). Isto tudo deveu-se a um plano da mulher viúva do D. Fernando, D. Leonor Teles que não era propriamente muita estimada pelo povão português, e andava a meter os cornos ao D. Fernando quando este era vivo...naquele momento andava com o galego João Fernandes Andeiro...

A 6 de Dezembro de 1383, um grupo liderado por D. João, mestre de Avis, apoiado pelo povo de Lisboa e que tinha Alvaro Pais e D. Nuno Álvares Pereira, prevendo o que se ia passar no futuro, foram aos paços de Lisboa, cortar a cabeça do amante da "Aleivosa" e tomaram controlo da situação. Mas ainda havia a falta de rei, e Castela iria ripostar...

Em 1384, houve 2 factores que foram favoráveis às cores portuguesas, a Batalha de Atoleiros, no Alentejo, em que houve uma vitória portuguesa não decisiva, mas que tinha mostrado a genialidade estratégica de D. Nuno Alvares Pereira, o Condestável, qual treinador de futebol, e o cerco de Lisboa que durou 4 meses, mas em que os castelhanos tiveram de fugir devido à peste que se tinha instalado nos arredores da cidade, e que estava a afectar o exército invasor...

E em 1385, fizeram-se as cortes de Coimbra, para determinar quem seria o novo soberano, se D. Beatriz, que com certeza iria fazer a unificação luso-castelhana, D. João (filho de Inês de Castro e filho bastardo de D. Pedro I, que era pai de D. Fernando I) ou D. João, Mestre de Avis (filho de D. Teresa Lourenço e filho bastardo de D. Pedro I...enfim uma enorme salganhada). Depois de uma enorme discussão, chegou-se à conclusão, que D. Beatriz nunca iria ser eleita, e que o D. João, filho de Inês de Castro, não tinha força suficiente nas Cortes para se fazer valer, para além de que o D. João. Mestre de Avis já tinha obitdo muita simpatia do povo português.

Eis que chegamos ao dia propriamente dito.

D.Nuno, sob a supervisão do novo rei D. João I (o que era mestre de Avis), pede ajuda aos arqueiros ingleses (os castelhanos pedem ajuda à cavalaria francesa, visto que os francius e os bifes ainda andavam na Guerra dos 100 anos) e desenha a táctica do quadrado, que se espera eficaz contra os invasores, visto que eram 6500 homens contra 31000...
Sob o sol quente de Agosto, por volta do meio dia, o invasor chega ao teatro de operações, eles contornam o exército português descendo uma colina a sul deles e enfrentam-se quais duas bestas...mas os castelhanos desconheciam a existência de armadilhas e buracos em frente ao exército português.

1ª Ronda: A cavalaria francesa ataca, mas é detida pelas armadilhas, logo aí morrem uma data deles, devido a estas e também às flechas dos arqueiros ingleses. Os castelhanos demoram a auxiliá-los, e os que não foram mortos, ficaram prisioneiros...O ataque tinha sido anulado.

2ª Ronda: A maior parte do exército castelhano ataca em força de frente, mas foram obrigados a apertarem-se devido aos ribeiros dos seus lados. Resultado: fileiras castelhanas desorganizadas, e os portugueses a dispensarem os serviços dos ingleses e a reorganizarem as suas tropas( principalmente a retaguarda) para o ataque iminente. Os flancos portugueses atacam, apertam os castelhanos e aos poucos eles vão morrendo, a batalha tinha sido perdida ao pôr-do-sol.

3ª Ronda: O rei D. João de Castela, faz uma retirada sem cobertura, e os castelhanos sobreviventes fazem uma debandada geral, os cavaleiros portugueses perseguem-nos, e dizimam-nos a torto e a direito, alguns fogem para as aldeias e vilas ali por perto, mas o povo mata-os (é aqui que aparece a lenda da padeira de Alubarrota que consegue matar 7 castelhanos). Depois a perseguição é suspensa e houve tréguas.

Na manhã de 15 de Agosto, a catástrofe castelhana era visível: os cadáveres eram tantos que chegaram para impedir o curso dos ribeiros que flanqueavam a colina. Para além de soldados de infantaria, morreram também muitos nobres castelhanos, o que causou luto em Castela até 1387. A cavalaria francesa sofreu em Aljubarrota outra pesada derrota contra as tácticas de infantaria, depois de Crécy e Poitiers. A batalha de Azincourt, já no século XV, mostra que Aljubarrota não foi a última vez que isso aconteceu.

Com esta vitória, D. João I tornou-se no rei incontestado de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis. Para celebrar a vitória e agradecer o auxílio divino que acreditava ter recebido, D. João I mandou erigir o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e fundar a vila da Batalha.

Até à próxima :)

2 comentários:

Anónimo disse...

Castelhanos levaram na pa, castelhanos levaram na pa, castelhanos levaram na pa, castelhanos levaram na pa, castelhanos levaram na pa, castelhanos levaram na pa, castelhanos levaram na pa, castelhanos levaram na pa!!
Esta e a historia que eu gosto

Anónimo disse...

aaaaaaaahhhh taditos tomaram no bidon ahahahahahaha