domingo, 26 de abril de 2009

Pedro Carmo's Drácula the Impaler!



Este por muitos que possam pensar, não é o verdadeiro Drácula, o empalador...mas o sujeito que se segue é o verdadeiro sanguinário da Valáquia (actual região da Roménia):



O nome deste senhor com o estilo algo estranho é Vlad Dracul (ele teve este nome devido ao facto de o seu pai, Vlad II, também príncipe da Valáquia, pertencer à ordem do Dragão. A palavra Drácula significava na língua romena mais antiga Dragão e Diabo, hoje é somente Diabo).

Como foi escrito aqui, ele foi o príncipe da Valáquia, mas o que ele fez para merecer o nome de "Empalador"?

Nos meados do século XV (entre mais ou menos 1448 e 1476), este sujeito atormentou o Império Turco Otomano, no leste da Europa, impedindo-os de entrarem pelo resto da Europa adentro, depois de ter ficado lixado com o pai, seu antecessor, chamado Vlad II, estar a dar graxa ao Sultão Otomano e ter dado ele e o seu irmão como prisioneiros dos Otomanos, como prova de vassalagem ao Sultão...Vlad o Empalador, achava que isto era uma traição à Valáquia e à ordem do Dragão.

Enquanto isso, o pai era morto pelos Hungaros e o seu outro irmão mais velho era morto por adversários políticos, receando perder poder na Valáquia, os Otomanos metem o Empalador como regente fantoche da Valáquia, mas os Hungaros invadem a região, e o Vlad vai para a Moldávia ter com o seu tio Bogdan II, para ter protecção.

Bogdan II mesmo assim foi assassinado por Petru Aron para se tornar no "boss" da Moldávia, e o Vlad arriscou e fugiu para a Hungria. Lá, o rei Hunyadi compreendeu a sua situação, perdoou-o, fê-lo conselheiro, visto que ele sabia de muita coisa da máquina militar dos Otomanos e ficou como candidato da Hungria ao principado da Valáquia. O destino iria dar voltas...

Os otomanos em 1453, finalmente conquistaram Constatinopla (Istambul) que era o que restava do Império Bizantino (por uma questão técnica das muralhas defensivas da cidade) e em resposta, os Hungaros invadiram a Sérvia para expulsar os otomanos e Vlad foi com o seu exército para a Valáquia. Ele ficou principe e o rei dos Hungaros morreu de peste ("Tough luck").

Básicamente, durante o seu reinado, Vlad, fez de tudo para expulsar os Otomanos, fez o manguito ao facto de ele ser o fantoche do Sultão, aliou-se aos Hungaros, deixou de pagar o tributo aos Otomanos, o que os irritou, e provocou um conflito entre a Valáquia e os Otomanos, eliminou clãs, famílias, subditos desleiais, adversários políticos e inimigos otomanos, básicamente tourturando-os, mutilando-os e principalmente (visto que Vlad gostava muito disso...) empalando-os em estacas de madeira, com o sangue dos seus corpos a escorrer e a apodrecer nos campos de execução, mas embora pese isso, conseguiu trazer ordem e prosperidade à Valáquia e hoje é recordado na Roménia como um herói cristão que impediu o expansionismo islâmico mesmo sendo tão ou mais cruel que os próprios otomanos, que não eram propriamente boas pessoas...

Ele em 1462 teve de fugir para a Transsilvânia por causa de um ataque dos Otomanos, pediu ajuda aos Hungaros, estes prenderam-no por 12 anos, o irmão de Vlad foi para o trono, mas era pró-otomano, os Hungaros aos poucos deram mais liberdade, casou-se com um membro da realeza hungara, e começou a preparar a reconquista da Valáquia, mas mesmo na prisão, apanhava pássaros e bichos e torutrava-os, mutilizava-os e empalava-os em pequenas lanças de madeira...era das suas actividades favoritas.

Entretanto o irmão morreu na Valáquia e foi substituído por outro fantoche dos otomanos, Basarab, de um clã rival do Vlad o Empalador. Ele reconquistou a Valáquia em 1474, mas os Turcos contra-atacaram na batalha de Bucareste em 1476, e mataram-no. Como prova, decapitaram-no e meteram a sua cabeça espetada numa estaca em Constatinopla à vista de todos para saberem que o Empalador tinha sido morto.

sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril de 1974




"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."

Por Salgueiro Maia na madrugada de 25 de Abril de 1974 a vários soldados em Santarém

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Independentemente das falhas que a democracia portuguesa possa ter, este feriado devia ser uma das coisas que os portugueses deviam saber melhor, pois só passaram 35 anos de um golpe de estado organizado por capitães das forças armadas que conspiraram desde 1973...

Este golpe foi transformado em revolução porque o povo saiu à rua com alegria e esperança num futuro melhor, visto que o regime do Estado Novo, além de proibir as mais diversas liberdades básicas, como a liberdade de expressão, estava numa guerra colonial com os movimentos de independência da Guiné-Bissau, Angola e Moçambique desde 1961, e o povo quis aproveitar esta grande oportunidade.

Não vou dizer que tudo foi mau no Estado Novo, mas certas coisas nunca devem ser impostas a um povo, e uma delas é ter ordem e paz (que também é importante nos dias de hoje) à custa da perda da sua liberdade individual ou colectiva...

Podia-vos contar o que aconteceu antes do 25 de Abril, mas vou contar-vos só o essencial:

O Movimento das Forças Armadas, fartos de travarem uma guerra sem fim, decidiram derrubar o governo do Estado Novo comandado por Marcelo Caetano, visto que Salazar já tinha morrido. O organizador do MFA era o Major Otelo Saraiva de Carvalho que controlou as operações escondido no quartel da Pontinha em Lisboa. Mandou indicações por telefone para vários regimentos ocuparem os pontos estratégicos de Lisboa, e de vários sitios no país, como por exemplo o forte-prisão de Peniche, o aeroporto ou a RTP.

Às 22h55 foi lançada uma senha via rádio aos revoltosos em forma de canção: "Depois do Adeus" de Paulo de Carvalho. Às 00h20, foi dada a senha definitiva também em forma de canção: "Grândola Vila Morena" de José Afonso(com muito significado, visto que esta era proibida pelo Estado Novo), para começar o golpe.

Durante a madrugada, as forças revoltosas foram movendo-se para os pontos estratégicos, o Estado Novo reagiu, mas tarde e com pouca resistência, o que deu uma vantagem ao MFA. A Escola Prática de Santarém, liderado pelo capitão Salgueiro Maia, teria um papel decisivo, pois iria mover-se até ao Terreiro do Paço, em Lisboa, que era o coração do poder.

Vários comunicados foram lançados via Rádio Clube Português, durante o resto da madrugada para que o povo se mantivesse em casa, e que forças militares opositoras seriam neutralizadas caso provocassem os revoltosos, mas o povo saiu à rua para aclamar os golpistas, e houve pouca gente das Forças Armadas que quissesse defender o Estado Novo...

Depois de ocupados os vários pontos estratégicos da revolução, as tropas de Salgueiro Maia dirigiram-se ao quartel do Carmo, sede da GNR em Lisboa, para daí cercar o quartel e receber a provável rendição de Marcelo Caetano, que só o fez, quando o General Spínola apareceu no quartel, porque não queria que o poder caísse na rua, embora isso tenha sido inútil, pois durante os 2 anos seguintes, o poder foi disputado por forças de esquerda e de direita. Às 19h30, o regime tinha caído.

O essencial estava alcançado, e mesmo que hoje haja gente que diga mal de muitas coisas deste país, não podem reclamar da falta de liberdade, pois se houvesse falta dela, os insultos seriam punidos de alguma forma pelo Estado Novo :)

Feliz Dia da Liberdade!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Melhor que wrestling WW 2! 2ª parte

Vamos lá ao resumo, se querem saber mais...vão à wikipédia

Setembro de 1939 - A Alemanha invade a Polónia, na sua guerra-relâmpago (blitzkrieg, por ser uma invasão rápida) porque se acha no direito de ter mais território para a raça ariana (que era assim que os nazis consideravam os alemães puros).

Outubro de 1939 - A Alemanha mete uns bocados da Polónia no seu território, ao passo que a União Soviética mete a parte leste do mesmo país, porque os russos e os alemães fizeram um pacto de não agressão...

Novembro de 1939 - A União Soviética ataca a Finlândia, numa guerra à parte (Guerra de Inverno), devido sobretudo aos desejos de expansionismo soviético.

Dezembro de 1939 - A Itália diz ao resto da malta que é neutral, e não se está para chatear por enquanto com a guerra.

Abril de 1940 - A Dinamarca e a Noruega são invadidas pela Alemanha...de referir que a atitude francesa e britânica, que primeiro foi de tentar acalmar as hostes e a seguir a tentar acabar depressa com a guerra com poucos meios, foi ineficaz...é o que dá ter uma má ideia do que se passava...

Maio de 1940 - Alemanha invade Bélgica, Holanda, Luxemburgo e a França. No Reino Unido, troca de primeiro-ministro, sai Chamberlain, entra Wiston Churchill que iria ser uma peça determinante na resistência britânica na guerra.

Junho de 1940 - A Itália entra na guerra, e a Franaça rende-se à Alemanha e à Itália, e forma governo na parte sul do país em Vichy, onde iria colaborar com as Forças do Eixo.

Julho de 1940 - A Alemanha tenta invadir por ar e mar a Grã-Bretanha, mas esta nação resistiu a todos os ataques e bombardeamentos aéreos nas principais cidades, o chamado BLITZ (relâmpago).

Verão de 1940 - A Itália invade Egipto (falha no seu objectivo) e a Alemanha tenta convencer a Espanha a entrar ao seu lado na guerra (mas a Espanha estava destruída devido à sua anterior guerra civil, e disse mais tarde, não obrigado!

Novembro de 1940 - Alemanha assina um pacto com Roménia, Hungria e Eslováquia. A Bulgária iria-se juntar mais tarde, mas estes países eram fracos militarmente e não iriam ajudar em grande coisa as forças do Eixo.

Inverno e Primavera de 1940/1941 - A Itália está com problemas em invadir a Grécia e o norte de África, então a Alemanha vai ajudá-la a "apagar os fogos". No caso do norte d'África aparece o General Rommel "a raposa do deserto" a dominar as operações.

Junho de 1941 - A Alemanha depois de dominar os Balcãs, invade a União Soviética, na operação Barbarossa erasga o pacto de não agressão, o que abrirá uma nova frente de guerra para a Alemanha...

Dezembro de 1941 - O Japão que andava entretido a matar chineses e outros povos da Ásia Oriental, temendo que os Estados Unidos começassem a retaliar no Oceano Pacífico, destrói a base naval de Pearl Harbor no Havai, e fazendo com que os EUA entrassem na guerra, assim como a Itália e a Alemanha declarassem guerra aos mesmos.

Inverno 1941/1942 - A Alemanha depois de ter chegado às portas das principais cidades da URSS (Moscovo, Estalinegrado e Leningrado), é detida pela resistência do Exército Vermelho

Junho de 1942 - Batalha de Midway entre Japão e EUA, que mudará o curso da guerra no Pacífico a favor dos americanos

Setembro/Outubro de 1942 - Início da Batalha de Estalinegrado, entre alemães e russos. Ínicio da Batalha de El Alamein entre alemães e britânicos.

Inverno de 1942/1943 - Alemães perdem em Estalinegrado, o que fará com que a União Soviética inicie a sua contra ofensiva para Ocidente. Eles também perdem em El Alamein e em Maio, acaba-se o domínio das Forças do Eixo no Norte de África.

Setembro de 1943, os Aliados invadem a Itália e os alemães chegam a Roma, Mussolini, o líder fascista italiano, refugia-se no norte para formar um novo governo aí.

Desde Setembro de 1943 até Junho de 1944 - As forças do Eixo começam a perder terreno em várias zonas, Europa do Leste e Mediterrânica, e na Ásia Oriental, onde os chineses, britânicos e americanos estão a dar uma abada aos japoeneses.

Junho de 1944- Forças Aliadas desembarcam na Normandia, no norte de França. Objectivo: chegar a Paris e possívelmente à Alemanha por terra.

Julho de 1944 - Atentado contra Adolf Hitler, o líder da Alemanha, mas este escapa ileso.

Agosto de 1944 - Aliados chegam a Paris, e os franceses já libertados fazem uma enorme festa.

Dezembro de 1944 - Depois de várias derrotas consecutivas, Hitler ordena ao exército alemão para atacar nas Ardenas (norte da França) para impedir os britânicos e americanos cheguem à Alemanha. Caso para dizer que em Janeiro, os Alemães retiram-se e o curso da guerra está decidido para o lado dos aliados, visto que os americanos aproximavam-se do Japão, os soviéticos chegavam à Alemanha pelo Leste e o resto pelo Oeste.

Abril de 1945 - Os Americanos pisam solo japonês, em Okinawa, muitos japoneses dispostos a não se render por nada, foram mortos. Os soviéticos chegam a Viena de Áustria, e o presidente Roosevelt dos EUA morre, sendo substituído por Truman. Mussolini é morto por guerrilheiros, e Adolf Hitler suicida-se em Berlim. Resultado: Em Maio, a Alemanha e o que restava da Itália fascista rendem-se e a guerra acaba na Europa, deixando os japoneses sozinhos.

Verão de 1945 - vários meses de luta entre americanos e japoneses que não iriam dar em nada, a não ser o aumento dos mortos para ambos os lados, é terminada de forma quase abrupta: Em 6 de Agosto, é lançada a primeira bomba atómica sobre Hirosima e a 9 de Agosto, a segunda sobre Nagasaki, deixando estas 2 cidades arrasadas e os japoneses desmoralizados.

Setembro de 1945 - O Japão assina a sua rendição incondicional perante os americanos, e assim acaba o maior conflito armado de todos os tempos...pelo menos até agora...muahahahah

Batalha de Aljubarrota em 1385 ou a táctica do quadrado



14 de Agosto de 1385 - Uma batalha decisiva para a independência portuguesa, ou uma futura anexação castelhana (digamos que Espanha ainda se chamava Castela) que iria fazer com que a Península Ibérica falasse o castelhano...

Antes da batalha propriamente dita, aconteceu que o rei de Portugal em 1383, D. Fernando I, havia batido com as botas, dando espaço para o que seria a primeira rainha a reinar sobre Portugal, D. Beatriz...até aqui tudo bem, mas o problema é que esta tinha casado com D. João I de Castela, que assim faria com que houvesse uma união política por casamento (ainda se queixam que hoje não há casamentos por amor). Isto tudo deveu-se a um plano da mulher viúva do D. Fernando, D. Leonor Teles que não era propriamente muita estimada pelo povão português, e andava a meter os cornos ao D. Fernando quando este era vivo...naquele momento andava com o galego João Fernandes Andeiro...

A 6 de Dezembro de 1383, um grupo liderado por D. João, mestre de Avis, apoiado pelo povo de Lisboa e que tinha Alvaro Pais e D. Nuno Álvares Pereira, prevendo o que se ia passar no futuro, foram aos paços de Lisboa, cortar a cabeça do amante da "Aleivosa" e tomaram controlo da situação. Mas ainda havia a falta de rei, e Castela iria ripostar...

Em 1384, houve 2 factores que foram favoráveis às cores portuguesas, a Batalha de Atoleiros, no Alentejo, em que houve uma vitória portuguesa não decisiva, mas que tinha mostrado a genialidade estratégica de D. Nuno Alvares Pereira, o Condestável, qual treinador de futebol, e o cerco de Lisboa que durou 4 meses, mas em que os castelhanos tiveram de fugir devido à peste que se tinha instalado nos arredores da cidade, e que estava a afectar o exército invasor...

E em 1385, fizeram-se as cortes de Coimbra, para determinar quem seria o novo soberano, se D. Beatriz, que com certeza iria fazer a unificação luso-castelhana, D. João (filho de Inês de Castro e filho bastardo de D. Pedro I, que era pai de D. Fernando I) ou D. João, Mestre de Avis (filho de D. Teresa Lourenço e filho bastardo de D. Pedro I...enfim uma enorme salganhada). Depois de uma enorme discussão, chegou-se à conclusão, que D. Beatriz nunca iria ser eleita, e que o D. João, filho de Inês de Castro, não tinha força suficiente nas Cortes para se fazer valer, para além de que o D. João. Mestre de Avis já tinha obitdo muita simpatia do povo português.

Eis que chegamos ao dia propriamente dito.

D.Nuno, sob a supervisão do novo rei D. João I (o que era mestre de Avis), pede ajuda aos arqueiros ingleses (os castelhanos pedem ajuda à cavalaria francesa, visto que os francius e os bifes ainda andavam na Guerra dos 100 anos) e desenha a táctica do quadrado, que se espera eficaz contra os invasores, visto que eram 6500 homens contra 31000...
Sob o sol quente de Agosto, por volta do meio dia, o invasor chega ao teatro de operações, eles contornam o exército português descendo uma colina a sul deles e enfrentam-se quais duas bestas...mas os castelhanos desconheciam a existência de armadilhas e buracos em frente ao exército português.

1ª Ronda: A cavalaria francesa ataca, mas é detida pelas armadilhas, logo aí morrem uma data deles, devido a estas e também às flechas dos arqueiros ingleses. Os castelhanos demoram a auxiliá-los, e os que não foram mortos, ficaram prisioneiros...O ataque tinha sido anulado.

2ª Ronda: A maior parte do exército castelhano ataca em força de frente, mas foram obrigados a apertarem-se devido aos ribeiros dos seus lados. Resultado: fileiras castelhanas desorganizadas, e os portugueses a dispensarem os serviços dos ingleses e a reorganizarem as suas tropas( principalmente a retaguarda) para o ataque iminente. Os flancos portugueses atacam, apertam os castelhanos e aos poucos eles vão morrendo, a batalha tinha sido perdida ao pôr-do-sol.

3ª Ronda: O rei D. João de Castela, faz uma retirada sem cobertura, e os castelhanos sobreviventes fazem uma debandada geral, os cavaleiros portugueses perseguem-nos, e dizimam-nos a torto e a direito, alguns fogem para as aldeias e vilas ali por perto, mas o povo mata-os (é aqui que aparece a lenda da padeira de Alubarrota que consegue matar 7 castelhanos). Depois a perseguição é suspensa e houve tréguas.

Na manhã de 15 de Agosto, a catástrofe castelhana era visível: os cadáveres eram tantos que chegaram para impedir o curso dos ribeiros que flanqueavam a colina. Para além de soldados de infantaria, morreram também muitos nobres castelhanos, o que causou luto em Castela até 1387. A cavalaria francesa sofreu em Aljubarrota outra pesada derrota contra as tácticas de infantaria, depois de Crécy e Poitiers. A batalha de Azincourt, já no século XV, mostra que Aljubarrota não foi a última vez que isso aconteceu.

Com esta vitória, D. João I tornou-se no rei incontestado de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis. Para celebrar a vitória e agradecer o auxílio divino que acreditava ter recebido, D. João I mandou erigir o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e fundar a vila da Batalha.

Até à próxima :)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Um atraso...

Quero pedir desculpa pelo atraso a todos os que supostamente vêm este blog, mas prometo que irei fazer um resumo decente da 2ª Guerra Mundial...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Melhor que wrestling! WW 2 (World War 2) ou 2ª Guerra Mundial






1ª Parte ( apresentação dos países beligerantes)

Concorrentes para uma guerra de 6 anos (de 1939 a 1945):

O grupo do Eixo constituído por Alemanha, Itália e Japão (ajudados por outros países que já dizemos depois) e o grupo dos Aliados constituído por...bem havia muitos países, mas vamos meter como principais os Estados Unidos, a União Soviética, o Império Britânico e a França (mais ou menos, pois foi invadida e coisa e tal...)

Agora uma apresentação individual dos países:

Alemanha, país derrotado na 1ª Guerra Mundial (1914-18), conseguiu nos 10 anos antes de 1939 recuperar uma economia devastada pela Grande Depressão de 1929, diminuir o desemprego para valores mínimos, diminuir a pobreza, entre outras coisas... tudo porque era uma economia virada para futuros possíveis guerras, está-se cagando neste momento para o Tratado de Versalhes de 1919 que limitava o seu poder militar, e anexou a Austria e a Boémia (hoje República Checa) está mais que preparada para uma guerra. O seu líder absoluto é Adolf Hitler, que quer meter a Alemanha como a 1ª grande potência mundial.

Itália, país vencedor da 1ª Guerra Mundial, também passou por um processo de economia em baixo, mas veio Benito Mussolini e os seus fascistas, impuseram paz, ordem e restauraram a economia, embora o país não tivesse grandes rendimentos...anexou a Etiópia e a Albânia, contêm ainda a Eritreia como colónia, e quer restaurar algum do seu poder no mar Mediterrâneo, também se está a cagar para o Tratado de Versalhes...

Japão, este país do Extremo Oriente já há algum tempo que pratica uma política expansionista praticada pelo General Tojo, e permitida pelo Imperador lá do sítio na Ásia, porque quer ser uma grande potência neste continente e não ser o boneco da China e da União Soviética, então toca de em 1937 atacar a China, porque está fraca, e também de aumentar o poder bélico e a economia, assim como fazer filhos aos montes para se espalharem por esse mundo fora, todos como japoneses (nota pessoal, eles estão dispostos a combater até às últimas consequências...)

Estados Unidos, país vencedor da 1ª Guerra Mundial, recuperou da Grande Depressão de 1929, causada pelos capitalistas de Wall Street (hoje existe muita especulação na bolsa de valores, naquela altura era a mesma coisa) graças a F.D. Roosevelt que foi eleito em 1932 e está no seu 2º mandato com perspectivas de um 3º, e que só entrará em guerras em caso de ataque ao território americano, de resto, só mesmo ajuda por fora, sem envolvimento directo...

União Soviética: Este país comunista tornou-se numa potência mundial devido à sua ideologia direccionada para a Economia, que garantia que todos trabalhavam para o Estado em colectivizações e recebiam igual do mesmo, com isto, o Estado ficou mais rico, e o povo, se não ficou extremamente pobre, não recebia muito dinheiro por isso, excepto se entrasse no Partido Comunista, aí ganhava poder, prestígio e dinheiro, mas o líder absoluto era mesmo Josef Estaline, que tal como o Japão e a Alemanha tem tendências expansionistas, embora prefira ter gente a espalhar a sua ideologia pelo mundo para se converterem à causa comunista, assim como faziam os nazis/fascistas um pouco pela Europa....

Império Britânico: Vencedor da 1ª Guerra Mundial, perdeu alguma da sua importância mundial para os EUA, mas esta monarquia parlamentar ainda é considerado um dos “big boys” mundiais, com o seu rei Jorge VI e o seu então 1º ministro Chamberlain, em caso de conflito, fará valer a sua condição de potência e de polícia mundial.

PS: Amanhã mostrarei um resumo da 2ª Guerra Mundial só para terem uma ideia do que é que foi o maior conflito armado de todos os tempos, envolve uma data de mortos, umas quantas reviravoltas no plano geral, situações inesperadas e a vitória esmagadora de um dos grupos que iria alterar para sempre o mundo em que hoje vivemos...

terça-feira, 3 de março de 2009

"Hardcore" Afonso Henriques!


Olá bloguistas da net, hoje na edição nº2 de “Pedro e a História”, apresento-vos factos sobre o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques aka D. Afonso I aka “O Conquistador” aka Ibn-Arrik aka El-Bortukali aka “O Mata-Mouros”!


Nasceu em 1109 e morreu em 1185, e eis alguns factos para ficarem a saber mais sobre o fundador-mor de Portugal:

Em 1112, tinha ele 3 anos, morre o Conde de Portucale, seu pai, D. Henrique, logo aí ele deve ter ficado com um trauma qualquer, porque a partir daí, entrou em confronto com a sua mãe, D. Teresa de Leão, como não tinha pai, ficou sob a tutela do Arcebispo de Braga alguns anos depois, digamos que fugiu de casa.

Em 1120 com apenas 11 anos, declara-se opositor à política da mãe, porque esta queria juntar Portucale com a Galiza (graças ao seu amante, D. Fernão Peres de Trava) e formar um reino independente do de Leão.

Em 1122, com 13 anos, é armado cavaleiro em Tui, que fica hoje na Espanha, se fosse hoje, era o típico adoslescente rebelde, que não quer prestar contas aos parentes, e faz o que lhe apetece.

Em 1127, o Rei de Leão e Castela, o primo Afonso VII, invade Guimarães, o amigo do Afonso Henriques, Egas Moniz, diz ao Rei leonês, que vai falar com Afonso para este prestar vassalagem ao primo, Egas fala com ele, e Afonso Henriques manda-lhe dar uma curva, Egas fica lixado, e vai de roupas brancas e corda ao pescoço juntamente com a sua família ter com o rei leonês para lhe matar visto que não cumpriu a promessa, Afonso VII, diz-lhe que não faz nada...enfim teve tomates para se propor a morrer...

Em 1128, Afonso Henriques confronta a mãe e o amante, na batalha de São Mamede, ganha aquilo tudo, mete a mãe na prisão, e começa a negociar com a Santa Sé (que era uma espécie de ONU dos tempos medievais) para formalizar a independência do futuro reino de Portugal...

1139: Batalha de Ourique, combate handicap 5 vs 1!

5 reis mouros contra Afonso Henriques e consegue derrotá-los a todos limpinho, e autoproclama-se rei de Portugal...faz sentido, se um conde derrota 5 reis, ele também queria ser mais que um conde...

1143: Tratado de Zamora, que básicamente foi, isto, o primo Afonso VII de Leão e Castela reconhece a independência de Portugal, e Afonso Henriques deixa de chatear o primo, com as guerras fronteiriças, a partir daí, toca de matar mais uns quantos mouros para o Sul da Península Ibérica...

1147: Assalto à cidade de Santarém (Die-Hard 0.5, com Bruce Willis no papel de Conquistador) fizeram-no sorrateiramente à noite, entraram na cidade de assalto, e mataram os mulçulmanos que lá havia, ficaram com ela, e mais tarde aterrorizaram os mulçulmanos da zona Oeste, o que foi muito fácil...

Mais tarde, ataque à cidade de Lisboa, que fez parece a batalha de Nuremberga do Mundial 2006 de futebol entre Portugal e Holanda, parecer uma brincadeira de bebés... Durou quase 3 meses, e precisámos dos cruzados vindos do Norte da Europa que iam para Jerusalém combater mais uns mulçulmanos noutros lados, para Portugal crescer em tamanho, ficarmos com o controlo da linha do Rio Tejo, e matar mais uns mouros...

1166: já com a ajuda do seu filho, o futuro D. Sancho I, estes começam a tentar conquistar cidades de Leão e Castela, mas o novo rei, D. Fernando, consegue aplacar o guerreiro sem temor, e acalmá-lo um bocado...
1168: Batalha de Badajoz, é onde acaba a carreira militar do maior guerreiro que Portugal alguma vez viu...antes disso, D. Fernando e D. Afonso tinham feito um acordo em que as terras a sul de Portugal e de Leão seriam repartidas (Badajoz ficaria do lado leonês), mas D. Afonso, depois disse que se lixe, e foi para Badajoz para metê-lo no reino de Portugal, D. Fernando passou-se dos carretos e combateu as tropas portuguesas nas ruas da cidade, estas fugiram, e D. Afonso Henriques lesionou-se na coxa, depois de ter ficado cravado com um ferro das portas da cidade...foi preso e bem tratado, depois os 2 reis fizeram um tratado de paz, que dizia para o D. Afonso I para bazar de Badajoz para sempre e ele cumpriu, e voltou-se redefinir as fronteiras entre os 2 reinos.

A partir daí, o filho ficou co-regente do Reino, até à morte do 1º Rei de Portugal em 1185...

Se não tivesse sido ele, provavelmente seríamos todos espanhóis, “hablando” com una pronúncia “muy extraña”...se hoje houvesse homens com mais tomates nas altas esferas do poder, Portugal estava bem melhor governado...

E fica por aqui a edição nº2 de “Pedro e a História”, até à próxima :)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Faça-se Luz!


E com esta frase bíblica quero iniciar este blog: "Pedro e a História" Um blog que tratará de dados históricos como se fosse um amigo de longa data, divertido, interessante, confiável, e sempre disposto a dar uma ajuda...

Tentei fazer blogues que eu gostasse de fazer, mas tinha pouca paciência para os expandir, e precisava de fazer mais publicidade...esses erros não vão voltar a ser feitos...

Este blog pretende dar uma visão "petroviana" da História, sem esta parecer aborrecida como nos livros ou como um discurso de um historiador famoso, como por exemplo, José Hermano Saraiva... a razão para que fiz isto, é que há muita gente que não conhece o seu passado colectivo, e está-se marimbando para ele, eu quero que as pessoas saibam o seu passado, para terem uma melhor noção do presente, para aprendermos no futuro...

Tentarei dar informações históricas light, de vez em quando...

Esperemos que gostem :)

PS: Amanhã à noite vou meter o primeiro tópico :)